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Com apenas 23 anos, Natanzinho Lima se consolidou como um dos maiores nomes da nova geração do arrocha no Brasil. Natural de Itabaiana, Sergipe, o jovem cantor transformou sua voz melódica e suas letras cheias de emoção em hits que tocam o coração de milhões de brasileiros.
Misturando o tradicional arrocha com influências de piseiro, brega e romantismo pop, Natanzinho representa o retorno do sentimento à música popular brasileira — sem deixar de lado a linguagem do povo e o carisma de quem veio “de baixo” e chegou ao topo com autenticidade.
Das noites nos bares ao topo das paradas

Nascido Natã Lima Nascimento, o artista começou sua jornada na música ainda na adolescência, cantando em bares e eventos em Sergipe. Trabalhando como garçom, ele registrava suas apresentações ao vivo e publicava nas redes sociais, conquistando o público com versões emocionantes de sucessos do arrocha e composições próprias.
Foi a partir daí que surgiu o projeto “De Bar em Bar”, que se tornaria uma das marcas mais reconhecidas do cantor. O projeto retrata sua origem humilde, suas noites de bar e sua conexão direta com o povo. Ao longo dos anos, a série se transformou em álbuns e vídeos ao vivo que explodiram em visualizações e ouvintes.
O estilo: Arrocha com identidade

Com fortes referências a artistas como Pablo, Tayrone e Silvanno Salles, Natanzinho atualizou o arrocha para a nova geração. Ele canta o amor e a dor com intensidade, usando letras sinceras, melodias envolventes e uma interpretação que transborda sentimento.
Seu bordão “tá no 12”, que remete à última marcha do caminhão, se tornou sinônimo de viver com intensidade — seja no palco, no amor ou na música. A expressão virou marca registrada do cantor, assim como o chapéu de caminhoneiro que adotou ainda no início da carreira.
Sucesso nas plataformas e nos palcos
Natanzinho Lima é hoje um fenômeno das plataformas digitais. Em 2025, alcançou a marca de 1 bilhão de streams somando Spotify, YouTube e outras plataformas. Sucessos como “Uma e Quinze da Manhã”, “Mentira Estampada”, “Pilantra e Meio” e “Sofrência de Luxo” colocaram o cantor entre os mais ouvidos do país.
Com presença constante em festivais e vaquejadas, Natanzinho também se tornou nome fixo nas festas juninas do Nordeste. No São João de 2025, realizou mais de 50 shows em um único mês, com cachês estimados entre R$ 500 mil e R$ 700 mil por apresentação.
Parcerias e estrutura de carreira

Amigo e afilhado artístico de Wesley Safadão, o sergipano recebeu apoio estratégico para estruturar sua carreira e profissionalizar sua equipe. O resultado foi a gravação do DVD “Ao Vivo no Mineirão”, com participações especiais e regravações emocionantes de clássicos do arrocha, MPB e sertanejo romântico.
O cantor também investe em novas versões de músicas antigas, fazendo pontes entre gerações e mantendo viva a tradição do arrocha, agora com roupagem moderna e linguagem digital.
Vida pessoal e conexão com o público
Fora dos palcos, Natanzinho mantém uma relação próxima com seus fãs. Recentemente, celebrou a compra de sua primeira casa em Sergipe e se casou com Karolly Rayssa, em uma cerimônia simples, rodeado pela família. Nas redes sociais, acumula mais de 7 milhões de seguidores e compartilha bastidores, reflexões e momentos do cotidiano com leveza e naturalidade.
“Eu sou só mais um que sonhou. A diferença é que eu fui até o fim. E o povo acreditou junto comigo. Agora, tamo no 12, porque viver é diferente de só estar vivo”, disse o cantor em uma live.
Discografia em destaque
Ano Lançamentos marcantes 2020 Verão 2K20 e É pra tocar no 12 2021 De Bar em Bar (Vol. 1 e 2) 2022 Brincando de Sofrer (feat. Kaelzinho Ferraz) 2023 De Bar em Bar 3 a 5 e Ao Vivo em Dores 2024 No 12 (Ao Vivo) e Ao Vivo no Buzu 2025 Couro e Cacete, Ensaiando no 12
O futuro do arrocha passa por ele
Natanzinho Lima não é apenas mais um artista do momento. Ele representa a renovação de um gênero que nasceu para emocionar. Com sua voz forte, suas letras verdadeiras e a conexão com o público popular, o cantor sergipano coloca o arrocha novamente no centro da música brasileira.
E se depender dele, esse ritmo ainda vai acelerar muito.
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